quinta-feira, 26 de maio de 2011

Minha primeira vez...




Agora sou um maratonista. Durante a prova, que para mim durou 04h 03m 48s, inúmeros pensamentos passaram pela cabeça. São ideias, lembranças, imaginações e até aquele momento vazio, sabe, quando você pensa em absolutamente nada. O ambiente que este tipo de prova proporciona é único. Lembro-me bem das pessoas que durante os 42.190km nos davam força.
Entre os anos de 2008, quando uma lesão me tirou ainda nos treinamentos da maratona, até 2011, quando consegui enfim realizar meu objetivo, muitas coisas passaram por minha cabeça. Foram 3 anos difíceis entre recuperação, questionamentos e retomada de treinamento, lenta e progressivamente, muitas vezes convivendo com a dor no joelho. Mas, eu tinha um objetivo, queria muito e acreditava que conseguiria, é o grande aprendizado deste processo que foi a maratona e que levo pra minha vida.
Agradeço a minha família, pois, tenho a convicção e a dimensão de quão difícil seria se não os tivesse ao meu lado. A minha namorada e grande amor, Michele Franz Vasconcelos, que sempre compreendeu e apoiou minhas escolhas. E aos amigos, que, de alguma forma ou outra me ajudaram nesta conquista. Pois, como dizia Raul Seixas: “nunca se vence uma guerra lutando sozinho”. MUITO OBRIGADO A TODOS.
Abaixo, um texto que fala destas duas palavrinhas..."Acreditar e Agir".



Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.

Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte.
A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho.
O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra “acreditar” e no outro “agir”.
Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.
O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força. O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor.
Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.
Então o barqueiro disse ao viajante:
- Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir. Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade: agir e acreditar.

E você?
Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?

E, antes de movimentar o barco, verifique se os remos não estão corroídos pelo ácido do egoísmo.
Depois de tomar todas essas precauções, siga em frente e boa viagem.


Abaixo, os números da minha prova:


Data: 22/05/2011
Distância: 42km190m
Tempo: 04h 03m 48s
Velocidade média: 10.38 km/h
Pace/ritmo: 5m 47s p/km
Fc/média: 166 bpm
Fc/máxima:189 bpm

Abraços.....

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