sexta-feira, 13 de março de 2009

São Luiz Gonzaga/São Miguel das Missões...


Segunda 02/02/2009
Em meu roteiro existem duas cidades que por algum motivo turístico e/ou histórico despertaram minha curiosidade, e passar por elas se tornou uma obrigação em meu roteiro. Hoje cheguei em uma dessas cidades.
Deixei a pousada e fui em direção a praça central de São Luiz Gonzaga com o objetivo de conhecer os dois museus que ficam próximo ao centro da cidade. O primeiro museu, bem na esquina da praça, trás em seu acervo objetos pertencentes ao senador Pinheiro Machado. O segundo, umas três quadras abaixo da praça, mostra exposições missioneiras. Após as visitas, passei no supermercado e comprei alguns lanches para o dia e parti em direção a São Miguel das Missões.
Agora estou na BR 285, rodovia que liga São Borja - na fronteira oeste gaúcha - a BR 101 no nordeste do estado. Portanto, a BR 285 será minha companheira até São José dos Ausentes, quando pego o desvio para Cambará do Sul.
Nesses primeiros 60km já tive uma idéia do que vou enfrentar. Esta rodovia é sem dúvida a mais perigosa que já pedalei até agora. O asfalto não chega a comprometer mas e o acostamento. Cadê o acostamento??? Seu estado é lamentável. Então temos o seguinte quadro. O fluxo de caminhões nesta região é intenso. Os hermanos argentinos passam "chutados" em direção a Florianópolis. E "A Poderosa" e eu ali, sendo jogado pro suposto acostamento e voltando pra rodovia a todo instante. Mas tudo bem, vamos em frente com muito cuidado.
Não basta-se esta situação tive que enfrentar adversidades climáticas também. Não, não é do sol que estou falando, ele estava lá, mas já estou bem mais habituado a ele. Agora era o vento contra. O terreno apresenta uma topografia que é literalmente um "tobogã", não existe mais do que 300 metros planos até o acesso a São Miguel. Eram 14h15min quando cheguei na cidade.
Todas estas dificuldades que citei foram recompensadas quando ainda de fora do parque avistei as ruínas de São Miguel de Arcanjo, a mais preservada e importante redução missioneira. A igreja levou 10 anos para ser construída e era a base da comunidade indígena e jesuítica se tornando um modelo de organização para a época. Quem conhece um pouco a história do povo missioneiro se arrepia quando caminha entre as paredes da ruína, a impressão que se tem é que os mortos estão todos ali, te olhando. É incrível! Caminhar naquele gramado é voltar no tempo e é impossível não se impressionar com a grandiosidade desta obra.
A noite fui assistir ao espetáculo "som e luz", que conta a história desde a chegada dos jesuítas até a batalha final contra portugueses e espanhóis em Caibaté. Os planos para amanhã é chegar em Santo Ângelo.
23:30
São Luiz Gonzaga/São Miguel das Missões: 57km
Total km/Dia: 57.25km
Velocidade Média: 18.3km/h

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